Um desastre gigantesco! Uma verdadeira calamidade! Essa é a definição do impacto ecológico que tem acontecido com a floresta na Amazônia. Outros biomas também têm sido afetados. Toda essa lamentável situação tem se intensificado sobremaneira desde o início de 2023 em índices exponenciais.
Conforme dados do IMAZON – Intituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia – a degradação arbórea na Amazônia, atingiu a marca de incríveis 26.246 Km² acumulados de floresta devastada em 2024 até o mês de setembro, o equivalente a quase todo o Estado de Alagoas e a mais de 17 vezes a área da cidade de São Paulo.
Os números alarmantes divulgados no dia 25 de outubro de 2024 indicam que esse é o maior índice de floresta arrasada nos últimos 15 anos. Um recorde altamente negativo. O mês de setembro concentrou cerca de 77% do total da floresta perdida em 2024 com 20.238 Km². Os incêndios foram os maiores responsáveis.
Entretanto, o desmatamento, segundo o Instituto, também cresceu enormemente no bioma pelo quarto mês consecutivo este ano. Em setembro de 2024 foram desmatados 547 Km². No total acumulado, 3.071 km² de florestas foram suprimidas de janeiro até o mês de setembro, conforme levantamento do Sistema de Alerta de Desmatamento – SAD.
É preciso repetir, os números da degradação registrados em 2024 são os mais elevados de todos aqueles já verificados anteriormente em termos de destruição, nos últimos 15 anos.
Os Estados do Pará (57%), Mato Grosso (25%), Rondônia (10%), Amazonas, (7%), concentraram em setembro, as maiores áreas de destruição dos ambientes naturais no bioma. Cerca de 1% aconteceu em outros locais, com destaque para Rondônia onde a degradação foi aproximadamente 38 vezes maior que no mesmo mês do ano anterior.
Esse catastrófico impacto, foi materializado principalmente em unidades de conservação, assentamentos e terras indígenas, revelou Carlos Souza Júnior, Coordenador do programa de Monitoramento do Instituto IMAZON.
“O desmatamento ocorre quando a vegetação é totalmente removida e a degradação quando a floresta é afetada pela exploração madeireira ou pelas queimadas, ambos danos ambientais que ameaçam espécies da fauna e da flora”, revelou o Instituto.
Perdas lastimáveis para a biodiversidade compõem o saldo final neste ano até agora na região, um dos temas discutidos na Conferência das Nações Unidas para a Diversidade Biológica, a COP 16, em Cali, na Colômbia, iniciada no último dia 21/10. Que vergonha!
Bibliografia
Imprensa. Degradação da Amazônia passa dos 20 mil Km² em setembro, a maior em 15 anos. Instituto IMAZON [S.I]. Belém, Pará, 25 de outubro de 2024. Disponível em: https://imazon.org.br/imprensa/degradacao-da-amazonia-passa-dos-20-mil-km-em-setembro-a-maior-em-15-anos/. acesso em 27/10 2024 às 7:00 h.
PRIZIBISCZKI, Cristiane. Degradação florestal na Amazônia em 2024 é a maior dos últimos 15 anos. O Eco [S.I]. Rio de Janeiro, 25 de outubro de 2024. Disponível em: https://oeco.org.br/noticias/degradacao-florestal-na-amazonia-em-2024-e-a-maior-dos-ultimos-15-anos/. Acesso em 27/10/2024 às 8:35 h.
Imagem da Capa – Foto de Deep Rajwar – pexels.com : https://www.pexels.com/pt-br/foto/floresta-selva-mata-arvores-4621457/
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