Criaturas absolutamente bizarras vivem nas profundezas das águas dos oceanos no mundo inteiro.
Entre elas, a Lula Colossal, um animal espetacular, identificado e descrito pela primeira vez por volta de 1924-1925, através da análise de partes do seu corpo encontrados no estômago de um cachalote.
Recentemente, pesquisadores à bordo do navio oceanográfico Falkor, do Schmidt Ocean Institute, capturou em vídeo um exemplar ainda bem jovem, da espécie, usando um veículo operado remotamente (ROV) chamado SuBastian.
As imagens fora feitas no dia 09/03/2025, enquanto o animal de 30 cm nadava pelo oceano perto das Ilhas Sandwich do Sul, a uma profundidade de cerca de 600 metros.
A filmagem inédita mostra a Lula Colossal bebê translúcida nadando suavemente pelo abismo do oceano profundo.
As Lulas Colossais (Mesonychoteuthis hamiltoni), são considerados os maiores invertebrados do planeta. Elas podem medir até 7 m de comprimento e pesar até 500 kg. São bem maiores que as famosas lulas gigantes (Architeuthis dux), estas já bem conhecidas.
O registro é a primeira observação ao vivo da espécie em seu habitat natural.
Segundo os cientistas, essa espécie vive em profundidades diferentes conforme a idade, os adultos habitam regiões acima de 2000 metros de profundidade.
As Lula Colossal tem os maiores olhos de qualquer outro animal conhecido, podendo chegar até 27 cm de diâmetro. Isso corresponde aproximadamente ao tamanho de uma bola de futebol.
A Lula Colossal é um membro da família Cranchiidae as chamadas lulas de vidro.
Uma das especialistas científicas independentes que a equipe do Falkor consultou para verificar as imagens ficou encantata ao ver as imagens.
“É emocionante ver a primeira filmagem in situ de um jovem colossal e humilhante pensar que eles não têm ideia de que os humanos existem”, disse a Dra. Kat Bolstad, da Universidade de Tecnologia de Auckland, em comunicado.
Em 25 de janeiro, uma equipe da expedição anterior do Falkor também capturou em vídeo as primeiras imagens confirmadas na Antártida, da Galiteuthis glacialis, outra espécie de lula de vidro que nunca tinha sido vista viva em seu ambiente natural antes.
O registro foi feito no Mar de Bellingshausen, durante a expedição de janeiro do Schmidt Ocean Institute, que examinou o fundo do mar depois que um iceberg do tamanho de Chicago se desprendeu da plataforma de gelo George VI.
O ROV SuBastian do Schmidt Ocean Institute, também foi o primeiro a fazer as primeiras imagens confirmadas de outras duas espécies de lulas na natureza, a Spirula spirula (lula de chifre de carneiro) em 2020 e a Promachoteuthis em 2024.
Bibliografia
Press Release. First Confirmed Footage of a Colossal Squid—and it’s a Baby! Schmidt Ocean Institut [S.I]. Palo Alto, CA, USA, Abril de 2025. Disponível em: First Confirmed Footage of a Colossal Squid—and it’s a Baby! – Schmidt Ocean Institute. Acesso em 18/04/2025 às 16:45 h.
Imagem da capa – Lula Colossal – Mesonychoteuthis hamiltoni – ROV SuBastian -Schmidt Ocean Institute – Reprodução. Disponível em: https://schmidtocean.org/wp-content/uploads/FKt250220-S0802-Colossal_Squid-scicam-LOGO-115841.jpg
Imagem do Texto: Lula Colossal – ROV SuBastian -Schmidt Ocean Institute – Reprodução. Disponível em: https://schmidtocean.photoshelter.com/galleries/C0000QszlkoaNkKU/G0000iRLx0Lw2Qes/I0000hfszQluOyYw/First-confirmed-live-observation-of-the-colossal-squid-Mesonychoteuthis-hamiltoni-in-its-natural-habitat
