A especulação imobiliária é uma das maiores causas de desmatamento muitas vezes acobertadas pelo famoso “jeitinho” de pessoas e grupos inescrupulosos junto às esferas que deveriam fiscalizar e coibir os crimes ambientais.
E muitas vezes essas coisas acontecem debaixo do nosso nariz e nem nos damos conta.
Mas precisamos nos indignar e tomar providências denunciando, mobilizando e mostrando às autoridades que estamos de olho.
É o que aconteceu na cidade de Marliéria – Minas Gerais, em uma área que ao que parece pertence ou é adjacente ao Parque Estadual do Rio Doce, numa localidade chamada Cava Grande.
Várias pessoas de Marliéria se indignaram com o descaso das autoridades locais em fiscalizar e impedir a implantação de um loteamento em uma área de preservação ambiental importante.
Denise Pinheiro, uma das internautas que acompanham o nosso site, nos escreveu denunciando o caso na época.
Segundo Denise várias indagações foram feitas pela população mobilizada aos órgãos de fiscalização ambiental locais, sem nenhuma atitude por parte dos mesmos que mudasse o quadro de abuso do poder econômico e da especulação, sobre os interesses mais relevantes de preservação do meio ambiente.
Segundo informações de nossa amiga Denise Pinheiro a situação se constituía grave, uma vez que o município recebe ICMS ecológico e as coisas ao que parece estavam acontecendo na contra mão desse incentivo fiscal que é destinado para as cidades que preservam seu patrimônio natural.
É sabido que qualquer empreendimento principalmente próximo ou dentro de área de interesse para preservação de espécies ou de mananciais é necessário o Licenciamento Ambiental que é um instrumento de gestão da Política Nacional do Meio Ambiente, que visa respeitar o princípio ambiental do desenvolvimento sustentável.
Através do Licenciamento Ambiental o órgão fiscalizador regulamenta as atividades utilizadoras de recursos ambientais consideradas efetiva e potencialmente poluidoras ou capazes sob qualquer forma de causar degradação ambiental.
O Licenciamento Ambiental possui como uma de suas premissas a participação social, através de audiências públicas para conhecimento e tomada de decisão.
São especificadas condicionantes e ações mitigadoras dos possíveis impactos negativos ao meio ambiente e previstas ações de educação ambiental junto às comunidades no entorno do empreendimento. Ao que parece nada disso foi observado pelos empreendedores.
Finalmente, após muitas lutas e cobranças através de manifestações da população, a Polícia Ambiental interditou o loteamento. Assim os empreendedores foram advertidos e chamados para as devidas providências cabíveis ao caso.
Isso mostra que se todos estivermos atentos e nos mobilizarmos de forma organizada em prol da preservação da nossa rica biodiversidade, as coisas podem sim, tomar outro rumo que não o da ganância que destrói.
As imagens abaixo do local onde o empreendimento imobiliário estava sendo instalado são da internauta que é Pedagoga e está sempre preocupada com a destruição de importantes habitats de diversos animais e florestas que abrigam muitos mananciais inclusive contribuintes da bacia do Rio Doce.
Exemplos como esse indicam que a educação precisa ultrapassar as barreiras do senso comum, e extrapolar suas fronteiras para a participação social e a partilha de ações modificadoras e transformadoras que visem a formação de cidadãos éticos, responsáveis e comprometidos com um futuro melhor.
Os alunos da nossa Pedagoga e ativista em defesa da vida devem se orgulhar de seu belo trabalho exemplificado com atitudes renovadoras e construtivas.
BIOTA DO FUTURO APÓIA AÇÕES DE RESPONSABILIDADE SÓCIO AMBIENTAL E DE EDUCAÇÃO TRANSFORMADORA.
Biota do Futuro é um ideal e um projeto. Um ideal de trabalho com responsabilidade social e um projeto de sustentabilidade.
Imagens: Denise Pinheiro – https:/ /www.facebook.com/denise.pinheiro.98
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