É alarmante, o número de possíveis casos de Dengue já registrados no Brasil em 2025. Desde 1º de janeiro, até a 3ª semana de abril, o número de casos registrados já ultrapassou a marca de mais 1 milhão de pessoas infectadas – Informou a Agência Brasil.
Em 2024, no mesmo período, isto é, até a 3ª semana epidemiológica do mês de abril, o Brasil já tinha registrado mais de 2,7 mlhões de casos e mais de 1500 mortes. No total foram mais de 6,6 milhões de casos em 2024.
A situação é grave em todo o país, especialmente nos estados de São Paulo, Acre, Paraná, Goiás, Mato Grosso, Espírito Santo e Minas Gerais. Desde 2023 os números têm sido assustadores.
Segundo levantamento da Folha de São Paulo com base nas informações do Datasus, no ano passado, o número de mortes confirmadas por dengue no Brasil até o início de dezembro superou a soma de óbitos nos oito anos anteriores. Foram 6.264 óbitos registrados em 2024.
A Dengue é uma doença cujo agente etiológico, é um vírus, da família Flaviviridae, do gênero Flavivirus.
Classificado como um arbovírus, por ser transmitido por um artrópode, no caso o mosquito Aedes aegypti principalmente, o vírus da Dengue possui 4 sorotipos diferentes, DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4.
Nos casos mais leves, os sintomas da doença são febre acima de 38 °C, dor de cabeça, nas articulações e atrás dos olhos, inchaço nos gânglios linfáticos. Na fase final surgem coceiras e manchas avermelhadas na pele (petéquias).
As manchas avermelhadas ocorrem devido à fragilização dos vasos sanguíneos, o que leva ao extravasamento de sangue e ao aparecimento das mesmas.
A forma grave da dengue, pode acometer o paciente com náuseas, vômitos, sangramentos, dor abdominal intensa e tontura ao se levantar. Em situações críticas, as hemorragias podem se intensificar, ocorre uma queda perigosa da pressão arterial e risco de falência dos órgãos vitais.
A Dengue precisa ser diagnosticada e tratada o mais rápido possível para evitar complicações. A Dengue pode matar.
Assim, diante dos mais suaves sintomas é sempre aconselhável buscar atendimento médico o mais rápido possível para confirmação da infecção e início do tratamento imediatamente se for o caso.
Os grupos mais vulneráveis, gestantes, idosos, crianças menores de dois anos, pessoas com doenças crônicas e pacientes imunossuprimidos devem ter atenção redobrada.
O mosquito transmissor da Dengue geralmente se prolifera em ambientes com ocorrência de água parada. A transmissão do vírus acontece através da picada das fêmeas, em seu período reprodutivo.
É preciso cada cidadão fazer a sua parte adotando medidas para erradicação do Aedes aegypti, eliminando possíveis situações que favorecem a sua reprodução, eliminando poças d’água, mantendo as caixas d’água tampadas, eliminando lixos e vasilhames no quintal que podem acumular água entre outras.
A vacina contra a doença já existe, mas sua disponibilização pelo SUS ainda é precaríssima, pode-se assim dizer. Um verdadeiro descaso, diante do quadro atual de ocorrência da doença, principalmente nos últimos três anos.
Imagem da capa – Mosquito Aedes Aegypti – Foto de Pixabay – Por pexels.com – Disponível em: https://www.pexels.com/pt-br/foto/mosquito-branco-preto-86722/