Você sabia que muitas células trocam substâncias entre si através de comunicações inter celulares?
Pois é, os animais e as plantas, possuem estruturas que permitem a comunicação das suas células umas com as outras.
A principal função destas estruturas é estabelecer a possibilidade de trânsito de moléculas informacionais, de moléculas estruturais diversas como nucleotídeos e de aminoácidos e íons diversos.
O objetivo é permitir que grupos de células funcionem de modo coordenado e harmônico para a realização de atividades específicas de forma organizada, formando em conjunto uma estrutura funcional.
Nas células animais as JUNÇÕES COMUNICANTES são as estruturas que realizam esse trabalho, se constituindo de um conjunto de tubos proteicos paralelos que atravessam as membranas de células vizinhas.
Estes poros ou canais de comunicação intercelular se formam pela junção de dois tubos menores constituídos por seis unidades protéicas que se originam em cada uma das células chamados CONEXONS.
As junções comunicantes coordenam e ampliam a resposta de células vizinhas a estímulos fisiológicos de diversas naturezas, como por exemplo a resposta à ação de hormônios.
Nas células vegetais as estruturas que permitem a comunicação de uma célula com a outra são os PLASMODESMOS.
Os plasmodesmos logicamente são morfológica e estruturalmente muito diferentes mas apresentam semelhança de funções em relação às junções comunicantes das células animais.
Os plasmodesmos são canais cilíndricos que conectam entre si os citoplasmas de células vegetais adjacentes, permitindo o trânsito de substâncias e materiais diversos.
Essa conexão citoplasmática contínua é chamada de SIMPLASTO.
Os plasmodesmos se formam em sua maioria por ocasião do surgimento da parede celular primária dos vegetais.
Os plasmodesmos são limitados pela membrana plasmática e atravessados por DESMOTÚBULOS que são cisternas estreitas do retículo endoplasmático que se comunicam.
Ambos, plasmodesmos e junções comunicantes apresentam permeabilidade relativa permitindo a passagem de moléculas de baixo peso molecular.
Eventualmente, através de rearranjos de proteínas internas permitem a passagem de moléculas maiores.
Os plasmodesmos são abundantes ao longo de toda a parede celular dos vegetais, surgindo principalmente em determinadas regiões em que a parede primária é razoavelmente mais fina. Plasmodesmos ocorrem em grande número em células condutoras e nas células glandulares e secretoras de néctar e óleos por exemplo.
As junções comunicantes já foram observadas muito frequentemente em células epiteliais de revestimento, células epiteliais glandulares, células musculares lisas, células musculares cardíacas e nas células nevosas.
Bibliografia
JUNQUEIRA, Luiz C.; CARNEIRO, José. Biologia Celular e Molecular. 8ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan S.A, 2005. 332 p.
RAVEN, Peter H. ; EVERT, Ray F.; EICHHORN, Susan E. Biologia Vegetal. 7ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara koogan S.A, 2007. 830 p.
STORER, TRACI I. et al. Zoologia Geral. 6ª ed. São Paulo. Companhia Editora Nacional, 2007. 816 p.
* Encontrou algum equívoco? Reporte-nos! *