Os processos de decomposição no meio ambiente são importantíssimos fatores ecológicos, que propiciam a ciclagem biogeoquímica e resultam de processos tanto bióticos como abióticos que ocorrem simultaneamente na natureza.
A decomposição é o resultado de uma ação sequencial de muitos organismos e micro organismos associados a fenômenos físicos e químicos, que desintegram a matéria orgânica, disponibilizando novamente nutrientes e elementos diversos para serem novamente utilizados pelas plantas e pelos animais em suas atividades de obtenção de energia.
A primeira parte da decomposição ocorre pela formação de detritos particulados por ações físicas e biológicas, liberando matéria orgânica dissolvida. A segunda parte se caracteriza pela formação de húmus e liberação de mais compostos orgânicos solúveis. A terceira parte compreende a mineralização do húmus fornecendo nutrientes inorgânicos aos vegetais.
O húmus é um material amorfo, parte final da cadeia de detritos e é a parte mais resistente à decomposição. Quimicamente são condensações de compostos aromáticos fenólicos de anel de benzeno, associados a produtos de decomposição de proteínas e polissacarídeos, com ligações laterais que os tornam muito resistentes à desagregação.
Apesar da mineralização da matéria orgânica ser a principal função da decomposição, a ação dos saprótrofos, excretam substâncias denominadas metabólitos secundários que inibem e ou estimulam outros componentes biológicos no ecossistema funcionando como se fossem hormônios ambientais.
Saprótrofos são micro consumidores decompositores que obtêm sua energia ou degradando tecidos mortos ou absorvendo matéria orgânica dissolvida segregada ou extraída de plantas ou outros organismos. A ação de decomposição decorre então, do trabalho de fungos, bactérias, ácaros, protozoários e invertebrados entre outros.