O que faz micro organismos como bactérias se tornarem resistentes a medicamentos?
Incrivelmente essas criaturas desenvolvem por processos evolutivos mutações que lhes permitem adquirir mecanismos de defesa contra os antibióticos.
A resistência a esses fármacos, aumenta na medida em que a administração pelo uso constante e em altas doses exerce pressões evolutivas e adaptativas.
Então, as bactérias desenvolvem compostos bioquímicos, verdadeiros antídotos e outros mecanismos que neutralizam os efeitos dos medicamentos.
Essas capacidades, são incorporadas pelo código genético e são transmitidas, formando gerações cada vez mais resistentes.
Mas sabe-se também que as bactérias formam “sociedades” complexas, caracterizando colônias onde os organismos se comunicam e cooperam para o bem comum, uma verdadeira evolução social desses seres vivos.
Muitas espécies de bactérias utilizam comportamentos sociais para criarem proteção coletiva ao ataque das células do sistema imune, desencadear a liberação de toxinas, realizar comunicação através de sinais químicos e construir artifícios de nutrição.
Estudos estão se desenvolvendo visando a neutralizar o comportamento social ao invés de atacar bactérias individualmente como fazem os antibióticos. Tal medida vai se tornando inóqua, pela resistência que elas adquirem facilmente a essas drogas.
As bactérias são muito menos capazes de desenvolver capacidades adaptativas que neutralizem um ataque aos seus esforços coletivos de sobrevivência.
Além disso, os possíveis medicamentos anti sociais que venham a ser desenvolvidos podem atingir seletivamente seus alvos, não afetando as espécies benéficas, pois cada grupo de bactérias exercem comportamentos coletivos diferentes no seu “tecido” social.
Fonte de pesquisa: Scientific American – fev/2015
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