Botânica é o ramo da biologia que estuda os organismos do REINO PLANTAE, ou seja, os vegetais. Mas também incluem tradicionalmente estudos referentes a procariotos (bactérias fotossintetizantes), protistas (algas com capacidade fotossintética) e fungos.
Os procariotos e protistas heterotróficos são objetos de estudo de outros ramos da Biologia.
A moderna classificação dos seres vivos preconiza um sistema de três domínios e seis reinos.
O domínio ARQUEA engloba o reino Arqueabactéria, o domínio BACTÉRIA inclui o reino Bactéria e o domínio EUCÁRIA possui os reinos protista, fungi, plantae e animália.
O Reino Plantae pertence pois ao Domínio Eucaria. EUCÁRIA, engloba todos os organismos multicelulares ou unicelulares que apresentam o material genético em um núcleo envolto por uma membrana a CARIOTECA.
As plantas são todas pluricelulares e possuem tecidos verdadeiros, ou seja, suas células são diferenciadas e organizadas com funções específicas.
As plantas ou vegetais são produtores primários, fotossintetizantes e autótrofos, ou seja, possuem a capacidade de fabricar seu próprio alimento, ao realizar transformações que possibilitam que a energia da luz solar seja armazenada em compostos de carbono hidratados através da fotossíntese.
Todas as plantas possuem vacúolos, uma parede celular de celulose e organelas especializadas na realização da fotossíntese, os cloroplastos onde estão localizados os pigmentos fotossintetizantes as clorofilas.
São embriófitas, ou seja, possuem a presença de um embrião multicelular retido no gametófito feminino durante a fase esporofítica.
A reprodução é principalmente sexuada com alternância de gerações haplóides e diplóides.
Nas plantas mais primitivas, a geração haplóide representada pelo gametófito (n) é a parte dominante, enquanto que nos grupos mais evoluídos, o gametófito foi reduzido durante o processo de evolução, sendo a geração esporofítica a parte dominante.
As plantas são distribuídas em dois grandes grupos. A CRIPTÓGAMAS e as FANERÓGAMAS.
A palavra criptógama vem do grego, com o prefixo cripto significando escondido e o sufixo gamae significando gameta. Portanto englobam as plantas em que a estrutura reprodutiva não é perceptível, portanto sem sementes.
São criptógamas as briófitas que não possuem vasos condutores e se algumas possuem tecidos condutores especializados, os mesmos não possuem as paredes das células condutoras lignificadas e as pteridófitas, plantas vasculares com vasos condutores lignificados.
Já o termo fanerógama também de origem grega, possui o prefixo fanero significando visível e o sufixo gamae, como já vimos com o significado de gameta. As fanerógamas incluem o grupo das plantas em que a estrutura reprodutiva é claramente visível, apresentando o embrião envolto em uma semente.
As fanerógamas são as gimnospermas, plantas vasculares com sementes nuas pois não produzem frutos e nem flores e as angiospermas, plantas vasculares com flores e a semente protegida por um fruto. Também costuma ser usado o termo espermatófita para as fanerógamas.
Ainda todas as plantas que possuem vasos condutores representados por estruturas especializadas para a condução da seiva bruta denominadas xilema e por estruturas apropriadas para a condução da seiva elaborada denominadas floema são classificadas como traqueófitas.
As plantas evoluíram de um ancestral primitivo comum, um representante protista, possivelmente uma alga verde do grupo das carófitas que apresentam características compartilhadas comuns em vários aspectos.
As briófitas segundo análise dos registros fósseis datam do período siluriano. As pteridófitas apareceram no devoniano e se diversificaram no carbonífero. Já as gimnospermas dominaram a era mesozóica. Por último as angiospermas apresentam seus primeiros registros fósseis no cretáceo.
Bibliografia
RAVEN, Peter H. ; EVERT, Ray F.; EICHHORN, Susan E. Biologia Vegetal. 7ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara koogan S.A, 2007. 830 p.
RICKLEFS, Robert E. A Economia da Natureza. 5ª ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2009. 503 p.
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