Nos estudos sobre o grau de divergência evolutiva de determinadas espécies em relação a outras ou a um ancestral comum ao longo do tempo, podem ser empregadas técnicas moleculares de imunologia para investigar o grau de parentesco filogenético.
Uma determinada proteína (Albumina) do soro sanguíneo de uma espécie em análise é isolada, purificada e injetada num organismo diferente, induzindo-o a produzir anticorpos contra a proteína que lhe é estranha.
Estes anticorpos reagirão contra as proteínas da espécie em análise e também contra as proteínas homólogas de outras espécies próximas ou evolutivamente aparentadas que estejam sendo pesquisadas.
Quanto mais próximo o parentesco entre as espécies, maiores e mais intensas serão as reações imunológicas aos anticorpos do que naquelas espécies de parentesco mais distante.
A intensidade das reações irão refletir as possíveis diferenças acumuladas nas sequências de aminoácidos de suas proteínas, devido às mutações dos moldes de DNA que produziram essas diferenças.
A distância imunológica é expressa pelo grau dessas dessimilaridades entre proteínas homólogas de espécies de organismos diferentes.
Quanto menores as reações imunológicas, maiores serão as diferenças filogenéticas e portanto mais distantes são as suas relações de parentesco evolutivo.
A Distância imunológica é uma espécie de relógio molecular e é usada muito em estudos de fósseis ou mesmo organismos vivos para determinar o tempo de divergência evolutiva entre espécies diferentes.
Bibliografia
RIDLEY, Mark. Evolução. 3ª edição. Porto alegre. Artmed, 2007. 751 p. Página 486.
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