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quarta-feira, 29 janeiro 2025

Peixe fóssil de 80 milhões de anos é descoberto em Minas Gerais

Uma espécie de peixe fossilizado até então desconhecida da ciência foi encontrada em Minas Gerais, no sítio paleontológico Fazenda Três Antas, em Campina Verde, no Triângulo Mineiro.

A descoberta foi feita por pesquisadores do Centro de Pesquisas Paleontológicas “Llewellyn I. Price”, da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM).

O estudo relatando a pesquisa e o achado fóssil foi publicado no Journal of South American Earth Sciences.

Também participaram dos trabalhos pesquisadores do Museu Argentino de Ciências Naturais “Bernardino Rivadavia” e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Os fósseis pertencem ao grupo dos Lepisosteiformes e tem cerca de 80 milhões de anos. Atualmente, outros representantes desse grupo são encontrados apenas na América do Norte, América Central e Caribe.

Os fósseis encontrados compreendem ossos do crânio, mandíbulas com dentes e escamas. O peixe seria de pequeno porte, com menos de 50 centímetros de comprimento.

A partir dos fósseis foi possível inferir sobre alguns detalhes do aspecto do animal. Ele teria Focinho curto e arredondado e mandíbula equipada com dentes cônicos pequenos, adaptados para a predação.

Mandíbula e dentes do peixe fóssil Britosteus amarildoi – Imagem – UFTM.EDU.BR

Batizado de Britosteus amarildoi, o nome da nova espécie é uma homenagem a duas grandes personalidades da paleoptologia do nosso país.

O nome do gênero, Britosteus, é um reconhecimento ao trabalho do professor Paulo Brito, paleontólogo, conhecido por suas contribuições ao estudo da fauna de peixes fósseis de Gondwana.

O epíteto específico amarildoi é um reconhecimento a Amarildo Martins Queiroz, ex-proprietário da Fazenda Três Antas.

Os crocodilos pré-históricos Campinasuchus dinizi e Caipirasuchus mineirus também foram descoberdos na mesma fazenda que desde 2011 se tornou um importante sitio de pesquisa paleontológica.

Em comunicado a UFTM ressaltou que “a descoberta é significativa por ampliar o conhecimento sobre a diversidade dos peixes que habitavam os ambientes continentais no final da Era Mesozoica, quando os dinossauros ainda dominavam o planeta.”

A ordem dos Lepisosteiformes conta com apenas sete espécies vivas atualmente. Entretanto, no passado eles eram um grupo amplamente distribuído e muito diversificado.

Bibliografia

MARTINELLI, Augustín G. et al. A new early diverging lepisosteid fish (Lepisosteiformes) from the Late Cretaceous of southeastern Brazil. Journal of South American Earth Sciences [S.I]. Amsterdã, Janeiro de 2025. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0895981124005479. Acesso em 21/01/2025 às 8:00 h.

Paleontologia. Novo peixe fóssil é descoberto no Triângulo Mineiro e amplia conhecimento sobre fauna do Cretáceo. UFTM [S.I]. Uberaba, Janeiro de 2025, Disponível em: https://www.uftm.edu.br/ultimas-noticias/5880-novo-peixe-fossil-e-descoberto-no-triangulo-mineiro-e-amplia-conhecimento-sobre-fauna-do-cretaceo. Acesso em 21/01/2025 às 8:45 h.

Imagem da capa: Reconstrução Peixe fóssil Britosteus amarildoi – Ilustração Pedro Henrique Fonseca – Por UFTM.EDU.BR. Disponível em: https://www.uftm.edu.br/ultimas-noticias/5880-novo-peixe-fossil-e-descoberto-no-triangulo-mineiro-e-amplia-conhecimento-sobre-fauna-do-cretaceo

Imagem do Texto: Mandíbula e dentes de Britosteus amarildoi – Imagem – UFTM.EDU.BR. Disponível em: https://www.uftm.edu.br/ultimas-noticias/5880-novo-peixe-fossil-e-descoberto-no-triangulo-mineiro-e-amplia-conhecimento-sobre-fauna-do-cretaceo

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Jefferson Alvarenga

Jefferson Alvarenga é criador e editor do Site Biota do Futuro. Biólogo, Pós Graduado em Gestão da Saúde Ambiental e em Imunologia e Microbiologia. Apaixonado por educação, pesquisa e por divulgação científica.
Como citar este conteúdo: ALVARENGA, Jefferson. Peixe fóssil de 80 milhões de anos é descoberto em Minas Gerais. Biota do Futuro [S.I]. Betim, Minas Gerais, 21 de janeiro de 2025. Notícias. Disponível em https://www.biotadofuturo.com.br/peixe-fossil-de-80-milhoes-de-anos-e-descoberto-em-minas-gerais/. Acesso em: 29/01/2025.

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